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O The New Art Fest, where art meets technology, é um festival internacional de arte e tecnologia, que desde 2016, acontece em Lisboa.

Focado na relação instrumental entre arte, electrónica digital, programação computacional, inteligência artificial, robótica, Internet e redes sociais, o The New Art Fest tem como opções curatoriais as relações entre arte e a sociedade a partir das interações entre teoria, crítica, ciência e novas tecnologias. Pretende ainda ser uma plataforma de disseminação de experiências inovadoras

Enquadramento

Em 2021, o The New Art Fest, retoma a programação de 2020 e regressa à cidade de Lisboa, desta vez com uma programação in-loco.

De julho a setembro marcamos presença no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, com a Exposição Colectiva PANDEMIA e nas Carpintarias de São Lázaro com a Exposição de RODRIGO GOMES, 

Tal como nas edições anteriores, o The New Art Fest 21, retornará às ruas de Lisboa, nos painéis electrónicos da MOP-TOMI e reforçará a sua vertente educativa e socio-cultural, promovendo debates, conferências e masterclass, presenciais e online.

Em 2020, durante a preparação da sua 4ª edição, devido às consequências causadas pelo Covid19, avançámos para um festival online, radicalmente desmaterializado, publicado no site oficial do festival e amplamente divulgado e publicitado nas redes sociais. As secções/eventos promovidas em 2020 foram:

I — GEN Y Exposição de arte chinesa contemporânea (new media) focada na geração de artistas nascida depois de 1980. O critério curatorial desta exposição, a que demos o título ‘Gen Y’ é, na sua essência, geracional. Quisemos perceber e sentir como os nativos digitais chineses vêem o mundo, o representam e se dão a conhecer enquanto sensores supra-sensíveis da casa comum a que chamamos humanidade.

II — MAKER ART é um conceito curatorial centrado no encontro de artistas e públicos, nomeadamente os que vivem a nova cultura tecnológica de forma intensa. Estrutura-se a partir duma convocatória aberta. A convocatória aberta Maker Art Pandemia, correspondente à 4º edição do The New Art Fest, recebeu este ano 167 candidaturas de mais de 38 países, de entre as quais foram seleccionadas pela direção do Festival, António Cerveira Pinto e Luísa Moreira, 56 obras, objecto de avaliação pelo júri internacional de premiação.

Pandemia foi o leitmotiv inevitável no momento. A relação da arte com as catástrofes, ou com o isolamento, não é uma novidade. Mas o cruzamento destas duas realidades com o planeta dos vírus biológicos e digitais, sim, é uma experiência nova, marcante e duradoura. Alguns artistas responderam diretamente ao desafio do leitmotiv (pandemia), outros preferiram uma resposta indireta, outros nem isso, propondo obras recentes mas anteriores à pandemia. O resultado é, por assim dizer, assimétrico. A súbita imersão nas redes digitais de milhares de milhões de pessoas, coisas e processos, não deixa de ser uma das mais fortes inspirações das respostas dadas à convocatória por nós lançada.

O Júri de premiação, composto por Boris Debackere, director do V2_ Lab for the Unstable Media, em Roterdão; Mónica Mendes, directora do Departamento de New Media Art, da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, FBAUL, e Régine Debatty, curadora e crítica de arte, fundadora do We-Make-Money-Not-Art, decidiu atribuir o Black Raven Award à obra Ariane, 2020, de Rodrigo Gomes, e uma Menção Honrosa a Sound of Isolation, 2020, de Kristina Petuknica.

III — BIT STREET Exibição de projetos ‘new media’ em zonas urbanas (montras, projeções video sobre fachadas e painéis eletrónicos). Nesta edição, o destaque foi para uma mostra de video selecionada por Isaac Leung e organizada em parceria com o Content Lab e o Videotage de Hong Kong e a MOP-TOMI.

IV – HOUSE OF THOUGHTS, Plataforma de reflexão sobre arte, ciência e tecnologia. Em 2020, foi organizado um fórum em “streeming” com os participantes da Bit Street.

Manifesto

Bem-vindos A LISBOA à 2º fase da 4º edição do The New Art Fest — where art meets technology.

A pandemia ainda não se esvaneceu. Prevêem alguns que a normalidade, provavelmente uma nova normalidade, só ganhará forma a partir de 2024, ou 2025. Esperemos que venha a ser menos intensiva, exploradora de recursos finitos, consumista, concentrada, pueril e desigual, mais livre e responsável, equilibrada, partilhada e em sintonia crescente, portanto, com o resto da vida e das coisas de que a vida depende. Até lá, melhorar a transparência e qualidade das informações, diminuir a propaganda e a especulação, e imaginar o mundo depois da extensa destruição causada pela pandemia e pela resposta dada é, também, um objetivo prioritário da atividade artística, da cultura na sua mais ampla acepção e, por conseguinte, desde festival.
Tendo sido realizado desde a sua primeira edição, em 2016, em espaços físicos (in real life) e imateriais (online), soube adaptar-se rapidamente aos novos constrangimentos provocados pelo vírus biológico que se espalhou rapidamente pelo planeta. A primeira parte da edição 20_21 do The new Art Fest | where art meets technology, teve por tema a Pandemia, dando lugar a um extraordinário Open Call, no qual participaram 50 artistas e coletivos (selecionados entre 167 candidaturas), a um levantamento da arte chinesa criada pela chamada Geração Y, ou seja, pela geração dos chamados nativos digitais, e ainda a uma colaboração com a comunidade tecno-criativa de Hong-Kong, incluindo videos de cinco artistas escolhidos por Isaac Leung, produzidos em parceria com o Content Lab e o Videotage de Hong Kong, para a rede TOMI, e um painel de discussão online.

O que, apesar de previsto, não foi possível mostrar fisicamente em Lisboa, terá agora lugar, entre julho e setembro, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, nas Carpintarias de São Lázaro nos painéis electrónico da MOP-TOMI na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e, uma vez mais, na nossa plataforma online. Duas exposições, coletiva no MUHNAC, individual de Rodrigo Gomes (vencedor do Black Raven Award 2020), e a continuação de mais uma edição de The House of Thoughts, começada em 2020 (Sessão 1), e que contará em setembro com a sua Sessão 2, subordinada ao tema Recomeçar (Reboot).

António Cerveira Pinto
(director artístico)

Equipa

A organização, produção e direção do festival são, como nas edições anteriores, da responsabilidade da Ocupart uma agência vocacionada para o desenvolvimento de projetos culturais em espaços não convencionais, de que sou uma das duas sócias fundadoras. A direção artística será, uma vez mais, da responsabilidade de António Cerveira Pinto, artista, curador e crítico de arte que, desde 1994, esteve na origem e/ou dirigiu vários projetos icónicos de arte e tecnologia em Portugal e no estrangeiro.

Direcção: Ocupart

Direção artística: António Cerveira Pinto

Direção de Produção e Comunicação: Luisa Moreira 

Design e Webdevelopment: Marco Madruga

Design: João Bettencourt Bacelar

Comunicação e Social Media: Diana Monteiro e Patrícia Costa

Produção: Luísa Brito Diniz

Tradução: Ana Bravo e Isabel Bartley 

Serviços de apoio à montagem: João Teixeira 

Imprensa