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Encontro de artistas e públicos que vivem a nova cultura tecnológica de forma intensa.

Obras seleccionadas para Maker Art

, 2020
Kima: Côr em 360 | “Campo de Trigo com Ciprestes” de Van Gogh
, 2020
Fotografia digital em AR
, 2017
vídeo 4K , mono-canal, côr, 2´01″
, 2020
Envolvimento digital através de aplicações de rede social & plataformas de rede, como uma extensão das relações humanas
, 2020
Curta-metragem: 3′ 45” HD, Côr
Director, Writer, Performer: Daniela Lucato Cinematography:Jacopo Pantaleoni
, 2019
Obra audiovisual para album FUMO, vídeo HD, 45’19’’

Oni

, 2020-Ongoing
Instalação site-specific
, 2020
Exploração de jogos
, 2020
Instalação interactiva que utiliza a inteligência artificial para seguir as posições insectos ancestrais a comer, para activar e cantar opera
, 2019
Plataforma de redes sociai em modo furtivoᵀᴴ & o estilo de vida algorítmico®
, 2020
Vídeo experimental e som, HD, 4´54 | Visível e audível no vimeo | Para visualização no monitor com alto-falantes e/ou fones.
, 2019
Instalação que celebra as ligações simbióticas à vida microbiana, dentro e sobre nós, a natureza material dessa vida, e novas formas de formação de vida algorítmica.
, 2020
Futuro cenário especulativo de Data-Driven AI
, 2020
Deepfake vídeo de Ariwasabi, o modelo desconhecido mais famoso do mundo, a partir do site de imagem de stock Shutterstock, (3’01”)
, 2020
Jogo de computador
, 2020
Uma interpretação sónica sobre dos casos de COVID-19 relatados diariamente, de dezenove países.
, 2019-2020
Modelo de dados extensível > Ambiente > Virus > Sínteses (som, luz e bio-síntese)> Limites e Computabilidade> Espaço> Investigação Geral >
, 2019
Video performance, 17´ / Password: HOMO
, 2020
Vídeo 1´15″
, 2019
Curta metragem de animação, 13´37″
, 2019-2020
Vídeo do modelo 3D da instalação Pandemonium
, 2019
Vídeo/ Som (9´45″) demostrativo do Videogame Ilucid Dreams
, 2020
Exposição de Realidade Virtual, vídeo (5´21″)
, 2020
Photos
Extending the physical through virtual interaction
, 2020
Instalação de som, online
From the World Wide Web, 64 web radio streams are captured by Jack software through bash programming, transformed by SuperCollider code and sent to OBS through Soundflower, returning to the Internet world.
, 2020
VR vídeo, 4K, monoscópico
, 2020
Curta de animação, vídeo (2´37″)

Artistas

de 1975 a 1982,
Russia, Inglaterra, Portugal e Suíssa
Evgenia Emets, Oliver Gingrich, David Negrão and Alain Renaud
Irlanda, vive e trabalha em Tóquio, Japão

MAKER ART – PANDEMIA

167 candidaturas

50 artistas seleccionados

54 obras de arte em competição

Declaração do curador

The New Art Fest vai na sua quarta edição. Desta vez, e contra a psicose originada por um vírus, decidimos subir a parada: tudo online, e um ‘open call’ internacional em plena clausura mundial. Responderam 167 candidatos. Escolhemos 49.

Há artistas oriundos sobretudo da Europa, América e Ásia. Estados Unidos, Alemanha, Portugal e Brasil são os países com presenças mais numerosas. Destaco ainda a participação chinesa nesta edição de Maker Art.

Pandemia foi o leitmotiv inevitável no momento em que foi decidido manter o projeto apesar da incerteza. A relação da arte com as catástrofes, ou com o isolamento, não é uma novidade. Mas o cruzamento destas duas realidades com o planeta dos vírus biológicos e digitais, sim, é uma experiência nova, marcante e duradoura.

Alguns artistas responderam diretamente ao desafio do leitmotiv (pandemia), outros preferiram uma resposta indireta, outros nem isso, propondo obras recentes mas anteriores à pandemia. O resultado é, por assim dizer, assimétrico. A súbita imersão nas redes digitais de milhares de milhões de pessoas, coisas e processos, não deixa de ser uma das mais fortes inspirações das respostas dadas à convocatória por nós lançada.

Cada vez mais artistas encontram na imersão tecnológica nos seus laptops e telemóveis uma via não apenas para a criação (o seu atelier virtual), mas também para a difusão e partilha do que fazem e criam. De alguma modo podemos dizer que o lugar da arte se está a mover rapidamente. É uma tectónica poderosa e complexa, socialmente ativa, global, a que as velhas estruturas verticais, burocráticas e especulativas da arte oficial a que chamam ‘contemporânea’ dificilmente resistirão.

António Cerveira Pinto

Enquadramento

Maker Art é um encontro de artistas e públicos, nomeadamente os que vivem a nova cultura tecnológica de forma intensa.

Maker Art nasce de uma convocatória aberta, materializa-se numa exposição de ‘new media art’ e transforma-se num laboratório e ponto de encontro entre criadores, educadores, instituições culturais e indústria.

A lógica experimental deste espaço decorre da natureza instável das aplicações digitais complexas, da sua rápida obsolescência e da geometria variável dos seus sistemas operativos, ajustáveis a um tipo de procura distinta da tradicional. A interatividade elevou a expectativa cognitiva e estética do público ‘new media’ para um patamar cultural que rompe de vez com a estética da receção passiva.

Maker Art tem uma missão: impulsionar a criação e a divulgação de projetos de arte de base tecnológica, da bioarte e da inteligência artificial a esses novos ecossistemas conhecidos como ‘redes sociais’. Para tal, assume-se como uma plataforma de encontro entre artistas, tecnólogos, cientistas, instituições e empresas, com vista ao estabelecimento de uma ecologia colaborativa global.

Esta edição de MAKER ART apresenta três novidades: a convocatória passa de nacional a internacional, tem um tema (Pandemia), e será exibida, em primeira mão, on-line.

Programação:

  • Publicação do Regulamento do concurso: 22 Junho;
  • Recepção das candidaturas de 22 junho a 6 de Julho;
  • Selecção das obras a exibir, de 7 a 28 Julho;
  • Exibição dos trabalhos online, de 29 Julho a 31 Jan;
  • Atribuição do prémio Black Raven Award 2020 à obra melhor classificada pelo júri do festival, a 16 Setembro.

BLACK RAVEN AWARD

O Júri, composto por Boris Debackere, director do V2_ Lab for the Unstable Media, em Roterdão; Mónica Mendes, directora do Departamento de New Media Art, da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, FBAUL, e Régine Debatty, curadora e crítica de arte, fundadora do We-Make-Money-Not-Art, decidiu atribuir o Black Raven Award à obra Ariane, 2020, de Rodrigo Gomes, e uma Menção Honrosa a Sound of Isolation, 2020, de Kristina Petuknica.

O Black Raven Award 2020 é um prémio monetário no valor de 1000 euros, acompanhado do seu emblemático troféu, um corvo negro impresso com tecnologia 3D, alusivo à cidade de Lisboa. 

A Menção Honrosa  é uma distinção honorífica. 

A convocatória aberta Maker Art Pandemia, correspondente à 4º edição do The New Art Fest, recebeu este ano 167 candidaturas de mais de 38 países, de entre as quais foram seleccionadas pela direção do Festival, António Cerveira Pinto e Luísa Moreira, 56 obras, objecto de avaliação pelo júri de premiação. Todas as 56 obras podem ser visitadas na exposição online Maker Art, no site do festival

Júri

Black Raven Award 2020

Rodrigo Gomes encapsula dois fenómenos contemporâneos num vídeo astuto e ao mesmo tempo divertido. Inicialmente, ele traça a imagem de uma bela modelo que tomou sub-repticiamente conta da nossa paisagem visual. Em segundo lugar, o vídeo aborda uma das dimensões mais alarmantes da Inteligencia Artificial, e das máquinas que aprenfem: a falsificação profunda. A primeira é encantadora, a segunda é traiçoeira. Ambas agem como vírus que podem potencialmente moldar a nossa experiência política, as notícias, o entretenimento, a publicidade e talvez mesmo a nossa vida quotidiana.

O júri destacou a representação de uma pandemia que está a transformar o nosso espaço cultural, enquanto ainda fingimos que tudo está bem.

Black Raven Award 2020

MA_perfil_Kristina_Petukhina-600x

Produto puro do bloqueio COVID-19, este vídeo mostra como a vida em espaço apertado, rodeada por vizinhos barulhentos, e crescentes restrições de movimentos, pode tornar-se um catalisador da criatividade. Fazendo lembrar um período em que tudo parecia cair numa histeria abafada, Kristina Petuknica demonstra como uma experiência audiovisual eloquente pode ser orquestrada por uma artista, da sua vista de janela, com um telemóvel, um violino, ruído ambiente e um par de unidades electrónicas.