Capitalist Reparations

O Capitalist Reparations convida os visitantes do site a “minerar” moeda criptográfica, nos seus computador do escritório, durante o horário de trabalho, como uma tentativa de gerar reparações pela compensação injusta que o capitalismo proporciona em troca de trabalho.

A peça existe como uma página web e uma forma de arte performativa descentralizada para aqueles que participam. O trabalhador carrega o peso opressivo do capitalismo enquanto as corporações e “os poucos” desfrutam dos lucros.

O economista britânico John Maynard Keynes, em seu ensaio de 1930, Economic Possibilities for our Grandchildren, previu um futuro com prosperidade e um dia de trabalho de 3 horas que poderia vir após a era da industrialização, através da utilização de máquinas para aumentar a riqueza e diminuir a necessidade de trabalho manual. Infelizmente, o capitalismo é uma droga e o trabalho não está ligado ao valor. Quase 90 anos desde o ensaio de Keynes, as pessoas trabalham em média cerca das mesmas horas, mas com um salário proporcionalmente menor e um custo de vida mais elevado.

 

Como pode contribuir para gerar reparações?

Pode usar a CPU (unidade central de processamento) do seu computador para criar moeda criptográfica – isto é mineração.  Se mineração fôr realizada no seu trabalho, a eletricidade e o wifi para gerar o criptograma é à custa do seu empregador.

Clique em ‘iniciar a mineração’ e o processo começa…

Basta abrir a página no trabalho para participar da peça.

O valor criado será doado a organizações caritativas de apoio às pessoas mais prejudicadas pela prática do capitalismo, ou seja, mulheres e pessoas de côr.

Bailey Keogh

Bailey Keogh (EUA, 1992) foca-se na forma como a tecnologia se baseia no passado e na correspôndência com a história da arte, através da utilização de vertentes intrínsecas à cultura da internet, às conexões humanas e às forças opressivas na sociedade.

Keogh usa como fonte de dados para o seu trabalho as ‘interações online’ contextualizando-as em uma infinidade de formas, desde imagens de referência até dados brutos. O trabalho em si não é frequentemente apresentado, mas sim carregado em versões.

O objetivo final de Keogh é usar a arte não apenas para destacar problemas da sociedade, mas como uma ferramenta literal para a mudança.

Sediada em Berlim desde 2017, foi curadora em exposições como Haema, foi consultora de projetos de cripto e blockchain, e produziu trabalhos dentro de seus suportes escolhidos.

@ The New Art Fest 2020