Liminal Performance Space

Multiplicity (video, 01' 46") Made in the Literally Liminal Performance Space-By The Kusanagi Sisters & Fernanda D'Agostino

Liminal Performance Space foi desenvolvido em resposta às condições de isolamento social e de limitação de viagens provocadas pela Pandemia, que limitavam severamente a capacidade dos artistas de performance de criar novos trabalhos.

Com um Beta tester para os novos receptores NDI do TroikaTronix, fui capaz de juntar artistas, de paragens distantes (tão longe como Tóquio), num espaço virtual, para criar obras através de uma série de “câmaras” codificadas, que são também “instrumentos visuais”, com a mesma capacidade de criar variedade infinita, como um piano nas mãos de um dotado improvisador de jazz.

Esta tecnologia, que faz de uma simples conferência telefónica SKYPE, um portal através do qual os artistas podem entrar num espaço de sonho para a criação, só está disponível há algumas semanas. Nesse tempo, realizei uma série de experiências, convidando um colega a improvisar com as “salas que são instrumentos”. Cada participante dedicou uma hora de tempo a estas explorações. Tem sido incrível ver a variedade de trabalhos que têm surgido. Na maioria dos casos, os participantes estão nas suas salas ou quartos, por vezes a milhares de quilómetros do meu estúdio.

Construí o código para que, mãos talentosas dos artistas, se possam produzir algo intrigante, independentemente das circunstâncias em que se encontram.

Para melhor entender/explicar o mecanismo da “sala/instrumentos”, anexo duas imagens fixas – uma do código, numa das salas, e outra de uma das actuações. Para melhor compreender a beleza que o Liminal Performance Space é capaz de gerar, dê uma vista de olhos através destas duas bibliotecas de actuações. Cada biblioteca foi inicialmente criada dentro de cerca de uma hora.

Fernanda D’Agostino

O trabalho de Fernanda foca-se na ideia do espectador como participante ativo imerso num ambiente preparado. Os seus projetos fazem a ponte entre o digital e o real, de modo a criar trabalhos imersivos baseados no tempo que se desenrola de forma surpreendente. As suas instalações, em formato vídeo e som interativo, corporativo, apresentadas de forma inovadora, são exibidas internacionalmente.

Foi bolseira da Bronson, Flintridge Foundation, NEA e Ford Family Foundation Funding.

Na Academia Americana de Roma, Fernanda pesquisou e desenvolveu “The Method of Loci”, uma instalação multicâmara que combina escultura e vídeo interativo para investigar a memória baseada em locais. “The Method of Loci” foi estreado no The Art Gym em 2013 e foi escolhida pela crítica no ArtForum International. Exibida no Currents New Media 2012 e 2014, no Festival de la Imagin, Columbia, e na SOMARTS, San Francisco, para a Bienal SoundWave, para além de em salas individuais. A instalação de vídeo interativa de Fernanda, “Generativity”, foi instalada no Suyama Space, Seattle 2016.

Como bolsista de novas mídias da Open Signal PDX, Fernanda desenvolveu o “Borderline”, um projeto em vários locais, que investiga mudanças climáticas, migração em massa e vigilância. “Borderline” (2017-2020) combina imagens científicas pré-gravadas, sobre Alterações Climáticas, vídeos de Vigilância Governamental nas fronteira e performance vídeos investigando traumas geracionais, com câmeras de video-vigilância por meio de codificação, criando muitas camadas de conotação.

Os atuais projetos de Fernanda são “Nossas Aguas”, onde investiga as águas do mundo de uma perspectiva assustadora, e “The Liminal Performance Space”, uma instalação de performance virtual que permite que os artistas superem grandes distâncias e isolamento social para colaborar.

@ The New Art Fest 2020