Tracing the Sky

Tracing the sky é uma realidade mista evolvente apresentada em Manchester.

Um espaço subterrâneo escondido numa cidade movimentada é transformado num santuário envolvente. Por baixo dum centro comercial Vitoriano, um espaço vazio de conteúdo fisico é completado por gráficos de movimentos flutuantes que emergem de paredes de tijolo da profunda cave. 

Imagens cativantes da localização subterrânea sobrevoam os tijolos, tetos e câmaras, enchendo a arquitetura de paisagens de sonho.

O trabalho utiliza scanning 3D, mapeamento de projeção e telemóveis equipados com softwares de realidade aumentada permitindo aos visitantes interagir com as projeções. Os visitantes encontram-se envolvidos num ambiente fluido de simulações de nuvens e céus que alternam com as suas interações adicionando mais uma dimensão à experiência. 

Tracing the sky traz, no mesmo espaço, dois elementos contrastantes: o céu (ar) e a arquitetura (terra). Este encontro permite a cada elemento acentuar a presença do outro, sobressaindo o virtual e o real, tangível e intangível, feito pelo ser humano ou pela natureza. Jiayu Liu combina arte e tecnologia, criando uma forma poética para os visitantes de observar e interagir com o que lhes rodeia. Jiayu convida a considerar o espaço vazio, não apenas por aquilo que tem a mostrar, mas como um espaço que reflete a nossa relação com o natural, neste caso a atmosfera e os céus abrangentes.

Happy Recipe

Esta obra de arte é uma instalação interativa de som. Diferentes tipos de frutas e vegetais são colocados de acordo com as posições dum instrumento musical, sequências e bandas. Depois a partir do controlo da placa principal, 50 faixas são introduzidas em diferentes itens e sinais, desde sensores que sentem a localização em que as audiências tocam, e que a partir daí reproduzem diferentes sons. Usando amostras de terreno, os gritos dos vendedores de rua em Xangai, Chengdu e Shenyang, são recolhidos para formar uma fonte de audio, para que os feedbacks de acções das audiências também sejam integrados no processo criativo. Inclusão, popularidade e ubiquidade são o meu sentimento especial para com o mercado vegetal. Com a música o mesmo.

Diferentes efeitos sonoros são misturados a um tempo e espaço exato, que cobre diferentes sons, cultura implícitas e moda. Cada mercado de vegetais é como um concerto comum e especial, em que cada pessoa e item é o espectador e protagonista. Consequentemente o autor procura usar a media art para criar um novo sentido de vida comum, enfraquecendo o sentido claro de distancia entre tecnologia e dia a dia.

Jiayu Liu 刘佳玉

Jiayu Liu (Liaoning / China, 1990 ), é artista de media art, vive e trabalha entre Londres e Pequim. É mestre pela Royal College of Art (2012-2014).

Os seus trabalhos têm explorado tópicos sobre o mundo natural. A natureza inspira-a com as suas qualidades reflexivas, que também são naturais. A artista tenta abordar múltiplas relações entre humanos e natureza, explorando várias perspectivas de observação da mesma. O seu grande objectivo é provocar respostas comportamentais e ressonância emocional do público sem revelar nenhuma instrução para a obra de arte que deveria ser o começo da imaginação das pessoas, e não o fim.

Os seus projetos e vídeos foram apresentados internacionalmente (ITN N2K, Inhabitat, thecreatorsproject, VICE, Design Boom, Fubiz, AestheticaMag, Arduino website). Já expôs também internacionalmente em museus e galerias, incluindo V&A, K11Art Space, Museu HexiangNing, Today Art Museum, Guanshanyue Museum,Guangzhou Triennial, London Design Festival, Kinetic Art Fair, London Fashion Week. Jiayau também tem projetos comerciais para espaços públicos.