A obra de Chen Pin Tao centra-se na criação das realidades transcendentais, extáticas e transgressoras, através de uma alquimia fetichista e mágica.
A invenção de dispositivos mundanos é um meio de manipular objetos da vida real e a própria realidade, permitindo extrair a qualidade de objetos ao mesmo tempo exauridos e elevados para além da representação.
A linguagem ontológica e a lógica ecológica internas dessas realidades evitam a fenomenologia convencional, produzem uma derrapagem semiótica, e residem no potencial esvaziado, virtualidade e realidade do espaço, objeto, imagem e sua síntese simultânea e não planeada para gerar labirintos no espaço-tempo e dentro de contentores, volumes e corpos sem órgãos.
As dimensões espacial, volumétrica, objetiva e imaginária não são meramente vasos que encapsulam qualidades transcendentais e entrópicas, mas seres ontológicos suficientemente complexos para se libertarem da sua própria organização, determinare e gerarem uma multiplicidade de mundos, e manifestar vivacidade e energia, as quais contém um potencial infinito de transformação, no interior do caos profundamente ordenado, e de renascimento numa vasta escala espectral.