Leonel Moura (Portugal) é um artista conceptual que promove um novo tipo de arte baseada na criatividade das máquinas. O seu trabalho evoluiu, no final dos anos 90, da fotografia para a Arte Robótica e para a Inteligência Artificial .
Produziu diversos robôs-pintores, bem como o Robotarium – um zoo para robôs. Em 2006, cria o RAP (Robotic Action Painter) – em exposição permanente no Museu Americano de História Natural de Nova Iorque – um robot que desenha com base na emergência e na estigmergia, decidindo quando a obra está acabada e assinando-a. Outros dos seus trabalhos incluem instalações interativas, swarm paintings, esculturas e até uma adaptação da peça R.U.R. (Rossum’s Universal Robots) de Karel Capek, onde três robots atuam lado-a-lado com três atores humanos. É ainda o autor de diversos livros dedicados às artes e ciências.
Em 2009, Leonel Moura foi indicado para Embaixador Europeu da Criatividade e Inovação.
Desde o Verão de 2019, tem uma instalação de 17 esculturas de Realidade Aumentada semelhantes a vírus em vários locais da cidade de Lisboa.
NEO o enxame de robôs, recentemente criado, irá actuar pela primeira vez na UCCA, Pequim, em 2020.
“A obra de Leonel Moura pode ser considerada dentro de uma linha de máquinas de desenho que inclui a Metamatics de Jean Tinguely da década de 1950, o programa de computador Aaron de Harold Cohen, iniciado em 1973 e Derivation of the Laws, de 1990, de Roman Verostko. O que a distingue é que consiste em robôs autónomos que coletivamente respondem uns aos outros e ao seu meio ambiente para gerar complexidade emergente, um princípio fundamental da pesquisa científica em vida artificial e biologia sintética.”
Edward A. Shanken in Flash Art, 316, Setembro/Outubro 2017