André Sier
Lampsacus é uma cidade jogável. Um ambiente visual interativo onde se recria uma cidade virtual, modificável, habitada pelos seus visitantes humanos no espaço da instalação, bem como por agentes computacionais residentes no espaço tridimensional. Este ambiente distribui-se em diferentes pontos de vista jogáveis sobre o espaço da cidade virtual, os quais as pessoas podem activar e navegar executando movimentos em frente da projecção. Os dados de movimento, a diferença contínua entre as imagens comunica interações entre os parâmetros obtidos através de visão por computador e elementos da simulação tridimensional que são gerados dinamicamente. A cidade cresce, expande-se, contrai, edifica e reconstrói novas geometrias, abre novos terrenos baldios, vai respirando com os movimentos das pessoas.

Progressões hipnóticas tridimensionais de algoritmos de Autómatos Celulares no espaço, realizadas numa impressora 3D, congeladas em esculturas de dimensões aproximadas de 7cm3.

Palácios matemáticos gerados computacionalmente. As Heliades são esculturas arquitetónicas abstratas realizadas numa impressora 3D, de dimensões aproximadas de 16cm3, que também habitam virtualmente a instalação Heliosfera. São objetos arquitetónicos que fixam e emitem o lado gerador infindável que a estrela solar providencia, percolado através do tempo em espaços.

BIO
André Sier (Portugal) é engenheiro artístico com estudos em ciências, artes e filosofia. Trabalha desde 1997 nos estúdios s373.net/x, expõe e performa obras mundialmente, com mais de 25 exposições individuais e acima de 80 participações em coletivas, festivais e eventos artísticos. Sier trabalha com código, 3D, vídeo, som, eletrónica, desenhos, escultura e videojogos, e foi premiado nos Jovens Criadores na Bienal de Cerveira e três vezes na Lisbon MakerFaire. Ensina regularmente artes interativas eletrónicas desde 2002 e é atualmente estudante doutoral no Planetary Collegium. É um dos cinco finalistas do Prémio Sonae Media Art 2017.